Após um crescimento sólido de 3,4% em 2024, a economia brasileira deve perder fôlego em 2025. A avaliação é da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (FIEMG). Segundo a entidade, a desaceleração já começou a dar sinais no último trimestre de 2024, especialmente no consumo das famílias e no setor de serviços, apontando para um ano mais moderado à frente.
A análise da FIEMG mostra que para 2025, a expansão do PIB será sustentada por setores menos cíclicos, como a agropecuária e a indústria extrativa. “O primeiro trimestre promete um avanço expressivo, impulsionado por uma safra recorde e seus desdobramentos sobre a economia. No entanto, a partir do segundo trimestre, a tendência é de estagnação, reflexo da política monetária mais rígida e da redução dos estímulos fiscais”, afirma o presidente da federação, Flávio Roscoe.
A FIEMG considera que a inflação, particularmente no segmento de alimentos, tem pressionado o orçamento das famílias, limitando a demanda por bens e impactando o consumo. Para a entidade, apesar do alívio momentâneo no câmbio no início do ano, sua manutenção em patamares elevados dificulta o controle inflacionário, em um cenário de crédito mais caro, condições financeiras mais restritivas e incertezas fiscais persistentes – fatores que devem desestimular novos investimentos.
Já para o mercado de trabalho, a projeção da federação é de continuidade no aquecimento. “O desemprego deve permanecer baixo, e a massa salarial em patamar elevado, mas sem impulsionar a economia da mesma forma que em 2024”, ressalta Roscoe, acrescentando que a indústria, especialmente a de transformação – mais sensível às oscilações do ciclo econômico –, deve encontrar dificuldades para repetir o bom desempenho do ano anterior.
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