A FIEMG, por intermédio da sua Câmara da Indústria de Alimentos e Bebidas, manifesta sua preocupação em relação à recente decisão do governo federal de reduzir as alíquotas de importação de alguns produtos alimentícios sem uma discussão aprofundada com o setor produtivo nacional.
Entendemos que a medida, ao ser tomada de forma unilateral, sem um debate amplo sobre os desafios enfrentados pela indústria nacional, pode não gerar os impactos esperados na redução do custo dos alimentos para o consumidor final. A desoneração tributária é essencial, mas deve ser estendida também à produção nacional, que enfrenta uma carga tributária elevada e custos operacionais significativos.
Além disso, nota-se que os alguns produtos contemplados pela medida atendem predominantemente a um público de renda média e alta, sem impacto significativo na cesta básica da população de menor poder aquisitivo. Dessa forma, a iniciativa pode ser ineficaz diante do objetivo de baratear os alimentos essenciais.
O setor industrial não pode ser responsabilizado pela alta dos preços, uma vez que os custos tributários e logísticos são repassados ao longo da cadeia produtiva, refletindo-se nos preços finais ao consumidor. O que se faz necessário é um debate transparente e técnico sobre soluções estruturais, que incluam a simplificação tributária e a promoção da competitividade da indústria nacional.
A Câmara da Indústria de Alimentos e Bebidas reitera sua disposição para dialogar com o governo e os demais atores da cadeia produtiva, buscando soluções efetivas que beneficiem a indústria e o consumidor brasileiro de forma sustentável e estruturada.
Imprensa FIEMG