A economia de Minas Gerais cresceu 2,9% no primeiro trimestre de 2024, em comparação com o mesmo período do ano passado. O desempenho foi superior à média nacional, de 2,5%. O resultado, divulgado nesta segunda-feira (1) pela Fundação João Pinheiro, foi positivamente influenciado pela indústria (3,9%) e pelo setor de serviços (2,5%). Já a agropecuária registrou recuo de 4,6%, influenciado pelo clima mais seco e pela base de comparação elevada em 2023, ano marcado pela safra recorde de grãos.
Dentre os segmentos da indústria, destaque para o setor de energia e saneamento, que registrou crescimento de 10,4%. O segmento extrativo teve aumento de 7,2%, impulsionado pela maior produção de minério de ferro. Já a construção apresentou avanço de 4,4%.
De acordo com o levantamento, a participação do PIB de Minas Gerais no Produto Interno do Brasil foi de 9,4%, resultado ligeiramente superior ao registrado no primeiro trimestre de 2023 (9,3%).
Ainda segundo o estudo, em relação ao último trimestre do ano passado, o PIB de Minas avançou 0,5%.
Perspectivas
A economia mineira deve seguir em crescimento em 2024, mas em ritmo abaixo do registrado em 2023. Neste ano, projeta-se redução da safra agrícola, em razão do menor volume de chuvas. Consequentemente, espera-se um menor estímulo para atividades relacionadas à agropecuária, como transportes.
Em contrapartida, a indústria deve mostrar um bom ritmo de crescimento, com recuperação do segmento da construção e um novo avanço do segmento extrativo, embora menos expressivo do que em 2023. Além disso, o mercado de trabalho aquecido e as transferências de renda em patamar historicamente elevado seguirão estimulando o consumo das famílias por bens e serviços. Nesse contexto, a Gerência de Economia e Finanças Empresariais da FIEMG projeta um crescimento de 2,1% do PIB de Minas Gerais em 2024.
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Caio Tárcia
Imprensa FIEMG