A Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (FIEMG) reconhece a importância do controle da inflação para a estabilidade econômica, mas alerta para os impactos negativos dos juros elevados. “A elevação da Selic a níveis tão altos tende a restringir os investimentos produtivos, aumentar os custos de produção e reduzir a competitividade da indústria brasileira e mineira”, ressalta Flávio Roscoe, presidente da FIEMG.
Para Roscoe, a adoção dessa medida tende a desacelerar ainda mais a atividade econômica, refletindo na geração de empregos e renda das famílias. Ele também aponta que a taxa básica de juros em patamar tão elevado aumenta significativamente o custo financeiro das empresas, que enfrentam despesas maiores com empréstimos e capital de giro, além de encarecer os produtos finais, pressionando a inflação – justamente o que a política monetária busca conter.
O presidente da FIEMG reforça a necessidade de uma política fiscal devidamente alinhada à política monetária, de modo a garantir maior equilíbrio e eficiência na condução da economia. “É essencial implementar medidas que não apenas mantenham a inflação sob controle, mas também contenham os gastos públicos, preservem o ambiente de negócios, estimulem investimentos produtivos e promovam o crescimento econômico de maneira sustentável”, afirma, ao acrescentar a necessidade de um alinhamento de discurso entre a autoridade monetária e o governo, para que o custo de alcançar o equilíbrio econômico seja o menor possível para a economia e a sociedade.
Imprensa FIEMG