A Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (FIEMG) acompanha com atenção, desde o início do ano, os desdobramentos sobre a taxação de 25% nas exportações de aço e alumínio para os Estados Unidos, que começaram a ser aplicadas nesta quarta-feira (12).
Em janeiro, durante as primeiras ameaças tarifárias do governo norte-americano, o aço brasileiro bateu o recorde de exportações para os Estados Unidos dos últimos quatro anos. Nesse período, os EUA importaram 531 mil toneladas da matéria-prima brasileira, o que corresponde a 56% a mais em comparação com a média mensal de 2024.
Além disso, as importações de aço pelos americanos foram as maiores dos últimos três anos, com 2,8 milhões de toneladas. No ano passado, o Brasil vendeu para os EUA quatro milhões de toneladas, o maior volume desde 2017, quando chegou a 4,6 mi.
Vale lembrar que Minas Gerais é um destaque nas exportações de aço, sendo responsável por 30% de toda a produção nacional em 2024. Em relação ao alumínio, o estado responde por cerca de 10% das exportações para os Estados Unidos.
É importante ressaltar que, por se tratar de uma taxação aplicada a todas as economias e não somente à brasileira, o cenário colocaria os países em condições de concorrência mais equilibradas. Entretanto, tudo depende das negociações bilaterais entre o país norte-americano com o Brasil.
O presidente da FIEMG, Flávio Roscoe, destaca que a expectativa é de que o Brasil tenha uma oportunidade de obter uma vantagem competitiva, uma vez que a indústria brasileira complementa a americana nesse segmento. Além disso, ele acredita que ambos os países podem negociar e encontrar uma solução para o aumento da tarifa.
“Entendemos que a negociação é o melhor caminho para Brasil e EUA neste momento. Se houver um acordo, a tendência é de que a exportação de aço brasileiro aumente para os Estados Unidos, com um cenário positivo. Entretanto, se o bom senso não prevalecer, haverá consequências para parte da indústria siderúrgica nacional, especialmente a mineira”, afirma.
Imprensa FIEMG