A COP30, a 30ª Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas, será realizada entre os dias 10 e 21 de novembro de 2025 em Belém, no Pará, marcando uma década desde o Acordo de Paris. A importância do evento — considerado a maior governança de engajamento climático global — foi o foco do painel “Rumo à COP30 – Como as empresas estão se preparando”, realizado no dia 3 de abril durante o Imersão Indústria, no BH Shopping.
Com mediação de Marta Dourado, o debate reuniu Luciana Nicola, diretora de Relações Institucionais e Sustentabilidade do Itaú, Luciene Cristina, gerente geral de Comunicação da Vale, e Marsuri Romero, gerente de Sustentabilidade da Vivo. As executivas compartilharam iniciativas, reflexões e estratégias de comunicação e negócios diante do cenário climático global e da urgência de transição para uma economia de baixo carbono.
Itaú: financiamento e estruturação da transição – Para Luciana Nicola, do Itaú, a COP30 representa um ponto de virada para o engajamento internacional, mas também para mobilizar as empresas brasileiras. “O mundo está mudando em consciência e conhecimento sobre os impactos climáticos. Vivemos eventos extremos recentemente no Brasil, e as empresas precisarão de medidas não só para mitigar as emissões, mas também para financiar e estruturar ações de adaptação”, destacou.
Segundo ela, o banco se posiciona como um agente da transição climática, com o objetivo de levar soluções concretas à COP30: “Queremos mostrar como as empresas podem capturar oportunidades, como na agricultura regenerativa e no setor de minerais, tão relevante para Minas Gerais, e também alertar para os riscos”.
Vivo: diálogo com a sociedade e inspiração para o setor – Marsuri Romero, da Vivo, ressaltou que a companhia já tem uma longa trajetória em sustentabilidade, mas em 2024 adotou uma nova abordagem: o chamado à sociedade para repensar o tema. “A gente entendeu que era preciso conversar com a população em geral, porque é um caminho que precisa ser feito junto. As indústrias são o motor da sociedade, então estarem envolvidas com temas como esse é fundamental.”
Ela reforçou a importância do diálogo entre empresas e a troca de boas práticas: “É essencial para rever estratégias, se inspirar e entender que é possível fazer diferente”.
Vale: comunicação como força mobilizadora – A comunicação também foi apontada como uma ferramenta estratégica na preparação para a COP30. Luciene Cristina, da Vale, afirmou que a empresa está investindo em ações de conscientização, letramento climático e segmentação de públicos. “Estamos nos preparando para falar com a sociedade como um todo, com projetos de impacto que tratem a emergência climática de forma qualificada”, disse.
Luciene enfatizou que o papel da comunicação é trazer a sociedade para o centro do debate: “Discutir a transição energética e a emergência climática não é só uma pauta industrial, é uma pauta global”.
Uma visão inspiradora para o futuro – A mediadora Marta Dourado reforçou o impacto do encontro. “A COP é um dos maiores eventos para discutir o futuro do planeta e o papel das empresas nisso. Estou positivamente surpresa com a diversidade dos temas do Imersão Indústria. É uma excelente iniciativa”, afirmou.
Sobre o evento – O Imersão Indústria está sendo realizado nos dias 3 e 4 de abril, no BH Shopping. O evento é uma realização da FIEMG, SESI e SENAI e conta com o patrocínio master da Arcelor Mittal e Vale e apoio master do Sebrae MG. O evento tem também o patrocínio ouro da Herculano Mineração, Gerdau, Usiminas, do SICOOB CENTRAL CREDIMINAS, SICOOB CREDIFIEMG, Caixa Econômica Federal e Governo Federal. No patrocínio prata estão AngloGold Ashanti, Bemisa, CBMM, Copasa, J Mendes, Grupo Avante, Kinross e RHI Magnesita. O evento ainda conta com apoio da Federaminas, do Centro Universitário UNA, da Rede Minas e da Rádio Inconfidência.
Denise Lucas
Imprensa FIEMG