“Economia circular e os desafios da sustentabilidade na indústria” foi o tema de uma painéis do primeiro dia do Imersão Indústria, realizado nesta quinta-feira (3/4), no BH Shopping, em Belo Horizonte. Participaram do debate o gerente geral de Sustentabilidade da ArcelorMittal Brasil, Guilherme Abreu, a consultora de Projetos Sociais da Fundação ArcelorMittal, Adriana Carmo, o gerente geral de Comercial Metálicos da ArcelorMittal, Rodrigo Silveira, e o vice-presidente de Assuntos Regulatórios da Stelanttis para a América do Sul, João Irineu Medeiros. A mediação foi conduzida pelo gerente de Meio Ambiente e Relações Institucionais da FIEMG, Thiago Cavalcanti.
Cavalcanti, ao iniciar os trabalhos, ressaltou que “o assunto é de extrema relevância, uma vez que a indústria, inclusive a mineira, é responsável por ações diversas de preservação do meio ambiente, seja no tratamento de resíduos sólidos, na redução da emissão de gases poluentes, na conservação de mata nativa, entre outras iniciativas”
De modo geral, os executivos painelistas falaram sobre inciativas e projetos das empresas vinculados à economia circular. Guilherme Abreu disse que a sustentabilidade é um dos pilares a companhia e está relacionada à governança. A empresa, prosseguiu Abreu, incorporou os 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU nos negócios e conta com certificação em atividades, como mineração e produção de aço e demais iniciativas.
O executivo afirmou também que um dos aspectos da economia circular engloba o carvão renovável, elaborado a partir de biomassa e usado em processos produtivos da empresa, além da reciclagem de sucata. Nessa direção, conforme Abreu, “a ArcelorMittal tem um compromisso estabelecido de zerar as emissões de carbono em 2050, utilizando nas operações energias cada vez mais renováveis”.
Adriana Carmo deu ênfase à relevância do investimento social na economia circular e citou como exemplo um projeto da empresa em Itatiaiuçu, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, onde a empresa tem uma mina. A ação envolve cerca de 30 mulheres da cidade, que fabricaram artesanalmente peças de cerâmica com o uso de rejeito de mineração como parte da matéria-prima.
Já Rodrigo Silveira citou que um dos resultados da prática da economia circular na empresa é justamente a reciclagem de cerca de 2 milhões de toneladas de sucata por ano. Para o Silveira, os benefícios da descarbonização na produção industrial são redução dos impactos ambientais, menor custo, melhorias sociais, redução da poluição do ar e estímulo à inovação.
João Irineu Medeiros considera que economia circular na produção automotiva é uma prática transversal em que cada setor da cadeia produtiva precisa atuar de maneira efetiva, com vistas para o meio ambiente, o social e econômico.
Segundo Medeiros, a Stelanttis tem um plano de investimento em inovação tecnológica de R$ 32 bilhões nos próximos cinco anos e isso envolve iniciativas de cunho sustentável. Para o executivo, a questão da descarbonização é ampla e, no caso da indústria automotiva, engloba desde a extração de matéria-prima ao descarte do carro. Na Stelanttis, conforme Irineu Medeiros, e economia circular inclui fornecedores, governo, institutos de pesquisa, entidades e clientes.
Sobre o evento – O Imersão Indústria está sendo realizado nos dias 3 e 4 de abril, no BH Shopping. O evento é uma realização da FIEMG, SESI e SENAI e conta com o patrocínio master da Arcelor Mittal e Vale e apoio master do Sebrae MG. O evento tem também o patrocínio ouro da Herculano Mineração, Gerdau, Usiminas, do SICOOB CENTRAL CREDIMINAS, SICOOB CREDIFIEMG, Caixa Econômica Federal e Governo Federal. No patrocínio prata estão AngloGold Ashanti, Bemisa, CBMM, Copasa, J Mendes, Grupo Avante, Kinross e RHI Magnesita. O evento ainda conta com apoio da Federaminas, do Centro Universitário UNA, da Rede Minas e da Rádio Inconfidência.
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Rafael Passos
Imprensa FIEMG
