A consultora técnica de moda e design do SENAI CETIQT e líder do projeto Inova Moda Digital, Angélica Coelho, juntamente com Rafael Lemos, consultor em Design e Stylist no Instituto SENAI de Tecnologia e Confecção do SENAI/PB, dividiram o espaço na Sala de Desfiles do 32º Minas Trend, no BH Shopping, nesta quinta-feira (24/10), para levar à plateia um pouco das macrotendências que moldam o comportamento de consumo e influenciam o design e a criação de coleções.
A dupla lançou a edição Primavera/Verão 25/26 do Inova Moda Digital, revelando insights valiosos sobre as principais tendências que vão impactar a moda nos próximos anos. Na prática, uma abordagem reflexiva do tempo em todos os sentidos. Como explicou Angélica Coelho: “hoje convivemos com muita informação, parece que a gente nunca tem tempo.” Tudo isso passa pela codificação linear de presente, passado e futuro, observando pontos estratégicos para o consumidor, para as marcas e os negócios, em abordagens sobre materiais, processos, estratégias de comunicação e divulgação de marcas e de produtos.
E o que vem de novo por aí? Segundo a bacharel em Design, Comunicação e Moda, é um componente sobre esse olhar do tempo, pessoas, processos, tecnologia e natureza. Um misto de moda autoral, sustentabilidade, Inteligência Artificial e o olhar para os processos utilizando tempo de trabalho, de acabamento. E, em contrapartida, revisitar: “a tecnologia não é só uma tecnologia emergente, futurista. Temos muitas coisas que podem ser inspiradas em práticas ancestrais quando falamos de novos materiais e abordagens. No mercado brasileiro da moda utilizar essa cultura faz uma conexão direta principalmente com esses consumidores sem tempo, traz um refúgio, um aconchego”, resumiu.
Conjunto – Para Rafael Lemos, com expertise também em análise de consumo, o principal de tudo isso é a união. “Entender que esses assuntos, inovação, tecnologia, inteligência artificial, resgate de culturas e saberes precisam estar conectados em algum momento, juntos, trabalhando num crescimento contínuo. Hoje não existe mais uma vertente única e exclusiva. O artesanato demanda componentes tecnológicos também”, reiterou.
Na realidade, avalia o palestrante, é uma grande trama onde vai se misturar um pouco de tecnologia, de saberes ancestrais, desse contemporâneo e do que as pessoas querem para se vestir. “O que a gente faz hoje é um desdobramento de como tudo isso vem acontecendo, como impacta na vida real. Ou seja, quais os caminhos para se valorizar o artesanato regional enquanto país, quais são as técnicas e os modelos de negócios hoje que se sobressaem e, principalmente, potencializar todos esses saberes juntos, seja por meio do colaborativismo.”
Na moda isso, avalia Rafael Lemos, isso vai representar produtos cada vez mais focados em comportamento do consumidor, a utilidade desses produtos, o esgotamento da compra sem sentido. Um tempo em que o consumo de produtos tenha uma ligação mais profunda, com o uso prolongado. “A indústria da moda precisa cada vez mais direcionar para isso. Os recursos naturais renováveis acabam sendo uma saída econômica, com o uso de materiais alternativos e de recicláveis.”
Parceria – O Minas Trend é uma realização da FIEMG, por iniciativa de sua Câmara da Indústria do Vestuário e Acessórios, e suas entidades SESI e SENAI, com patrocínio máster da Companhia de Desenvolvimento de Minas Gerais (CODEMGE), patrocínios da Câmara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDL/BH), do Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial – SENAC/Fecomércio e da Ventana Serra do Brasil e apoio máster do SEBRAE Minas e apoio do Centro Universitário UNA.
Imprensa FIEMG